, I
282 Bolet?n de la Real 5lcademia Gallega
dos angios perderon; herdades,q?e avian gaannadas, etc.?; a colloca??o
de urna palavra entre o pronome ?tono ,e o verbo; cuja significa??o elle
completa: ex.: ?se o non fazen; et que bees veen aos ornes por dezemar ?
ben et que maes se o mal fazen, etc.?; na express?o qualquer que a in
terposi??o entre qual e quer do substantivo,a que se refere, dizendo: ?de
qual natura, sciencia quer que seian?; mas: ?as (herdades) que depoys
gaannaron [oul por qual quer maneira gaannassen, etc.?; ,e, finalmente o,
emprego da preposi??o a depois do verbo dever e antes do complemento
? directo de pessoa: ex.: ?non deven os clerigos a rreceber; esto se deve a
entender, etc.; husaron os omees de sirvir a Deus, etc?.
Na ortografia o 1 e n molhados s?o indicados por estas letras dobra
das, como ainda.se usa em hespanhol con] o primeiro fonema, mas, como
nesta lingoa, ocorre j? o n com o tra?o sobreposto, assim: concello, lle,.
sennorio, connoscendo, a par de se?or; o j e c s?o tamben? representados
por gi e c, como noutros documentos, por exemplo, o testamento de
D. Affonso II (Rev. Lusit. vIII, pag: 8o). A colloca??o do n, como sinal
de resonancia, est? por vezes feita . de modo que pode induzir a leitura
falsa; d? se isso em una, teenen, graaudas, que, a meu ver, devem lerse
ua, teem e graadas. O i dos ditongos descendentes desta subjuntiva ?,
indicado por y; unica excep??o : ? lee, que tamben se acha escrito ley..
Nos verbos incoativos o grupo sc, que antes de e ou i se reduziu a c,
' achase escrito sempre da mesma maneira; isso n?o obstante, penso que
a sua pronuncia antes das mencionadas vogaes seria a do c em identicas
circunstancias, tendose escrito o s em obediencia ? etimologia.
Numa breve introdu??o ao fragmento aparecido e agora publicado,
descreve o snr. Salazar a folha de.rpergaminho em que se acha escrito
esse resto da tradu??o gallega das Partidos de Affonso X,? estudando mi. ?
nuciosamente a sua letra e grafia. A copulativa e, segundo nos diz o be
nemerito editor, est? sempre representada por et, guando maiuscula, de
certo por costume tradicional, julgo eu, pois a sua pronuncia, na lingoa
vulgar, devia ser pouco mais ou menos a que hoje tem; guando minuscu
la, usav?o indic?la por z, que era o sinal com que se representava a dita
conjun??o em textos latinos.
A seguir ao Fragmento encontrase um Glossario no qual o mesmo
snr. incluiu unicamente as palavras gallegas, com indica??o da pagina e
linha em que ocorrern, e respectiva correspondencia em castelhano, o que
imito facilita o estudo do documento; dalgurnas deltas occupome noutro
logar desta Revista, procurandolhes as origens e evoluc?es nas duas lin
goas?o gallego e o portugu?s.
*De Revista lusitana, vol, x[v. . J. j. NUNES.
t=;
?