?
bolet?n de la Real Mademia Gallega 281
se ouve em Chaves 1. ? semelhan?a do portugu?s, ?`pronome archaico
nostro, que j? ent?o f?ra substituido por nosso; ' continuava 'a usarse na
especie de frase esteriotipada nostro se?or. Como na nossa lingua. de
ent?o, e ainda hoje no mirand?s e em varios dialectos do Norte, a ter
ceira pessoa do singular do' verbo ser' era igual ? primrira, istof ?,foi2. ?
O verbo dar, o par de deu, tem,'en igual pessoa do mesuro tempo, dou,
forma que ainda vive no gallego, em mirand?s 'e na linguagenr de Tras
osMontes S e deve ascender a urna' latina daut (por davit), formada
por analogia com os verbos regulares ou fracos da primeira conjuga??o.
Na mesma pessoa ? tempo, os verbos dizer e querer apresentam as f?r
mas disso e quiso, que j? occorrem nos trovadores e subsistem ainda,
alem do gallego, em portugu?s dialectal 4. Do verbo valer encontr?ose
no Fragmento as formas valrria e valvesse, que se emcontram tambem
nos escritores portugueses da ?pocha, e resultaran], a primeira da sincope
do e pret?nico, e a segunda da consonantiza??o da seinivogal; se ? que o
u se pronunciava v, como parece. A terceira pessoa do plural termina
sernpre em om; o mesmo se dava no portugu?s desta epoca e se observa
na lingua do poyo de hoje. No verbo ayer; con" a significa??o de existir, o.
adverbio i, que depois como na nossa? iini;ua literaria e popular, Ihe foi
proposto e soldado, era ainda ;inseparavel, e collocado 'antes delle, tal
qual sucede no franc?s. Emquanto a preposi??o ante conserva esta unica
f?rma, ao lado de depois, como acontecen na nossa lingua, aparece tam
bem desp?is: ?
Na sintaxe 'observarase' fen?menos que no portugu?s tamben se
davam, taes s?o a dupla negativa: ex.: ?de nenhuzn destes non devem
os clerigos a receber?; a repeti??o da conjun??o integrante que, facto que
? se nota ainda na lingoagem do nosso poyo: ex.; ?mandou que todas es
tas cousas que fossem seriptas ena ley; dizendo aos judeos que macar
dezemavan ` que non deven leyxar, etc.?; o empregu do artigo definido
antes do pronome un, como en franc?s' ;rinda se usa: ex.: ?Deus criou
duas ordes dangios et porque a una deltas caijo per soberva, etc.?: a
concordancia do verbo com o complemento que designa o todo, e do
participio, num tempo conTosto, com o complemento directo que o pre
cede: ex.: ?merescan (os ?mes) herdar aquel lugar que a dezena orden
t Vide Dr. Leite de Vasconcellos: Esludas de phil. mi,?. 1; pag. 365, Dialeclologie,
pag. 13 t. 2 Idem, ibid., vol. t p?g. 417; ?bid., p?g. 140.
3 Idem, ibid., 1 pag. 430; ?bid., pag. 138, e sur. Garcia de Diego, Gram. ?lis!, galle
gar pag. 140. .4 Vide snr. Garcia de Diego, Grata. Hist, gallega, pag. 138 e 143; Dr. Leite de Vas
concellos, Phil. Mir. 1 438 e 441, e Dialeclologia, pag. 140.
?