BOLET?N DE r LA REAL ACADEMIA GALLEGA 443
Dantes as quest?es derimi;am.se em plena aldieia no tribunal
dos homens bons. Os velhos ouviam, inquiriam e resolvia:m. As
suas decis?es eram sagradas.
Ainda hoje'em :algumais serras' do norte de Portugal ha ves
t?gios patentes desses velhos costumes patri.arcais.
' E nao ? s? nas sierras. Ocorreme'ne.ste' momento o modo como
s?oresolvidas pelos rclhos pescadores poveiros, cm tribunal colec
tivo, as quest?es que, por vezes, surgem no mar na complicada
faina da pesca.
Gontao Santos Gra?a, o poeta das tradic?es poveiras,
Mas iestes casos s?o raros.
Hoje (piando surge urna quest?o recorrese aos tribunais judi
ciais e entregase o assunto ao advogado.
Muitos lavrado es t?m at? um not?vel poder de rabolice.
negra geral os rif?es ou ad?gios populares t?m um justo sen
tido de aprecia??o, quer exaltem e louvem atitudes nobres, quer
oensurem e critiquem o comportamiento irregular de funcion?rios
judiciais. Corno ? natural, por vezies a caricatura sal exagerada e o
aziedumie altera a perfei??o do coneeito:
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Inspirado pelo trabalho de BouzaBrey recolhi alguns rif?es
mais ou menos parecidos com os que este distinto etn?grafo galego
publicou.
D?mo1'as .a seguir, distribui;nfloos por ordem .alfab?tica como
fez BouzaBrey.
Os que vio marcados com um asterisco sao iguais ou quase
aos de al?m Minho.
Os que n?o levam indicada a berra de origen sao os de maior
difus?o. Alguns, pode dizerse, s?o de emprego quase geral em
todo o norte de Portugal.
A
1 A castanha que cai no caminho ? de quem a apanha. (Bailo).
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h? A ladrlio de casa n?o tranques as portas. (Lamego).
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