308 ' $olettn de la` Academia Gallcga
visi?n, na crarid?, qua tanta ofresce,
que aviv'a : comprenseon das realidades:.
Abondan as sentenceas; os proverbos;
debese tanto, a trascender d'amor !
Inda que devinal, enspiraceon confusa;
non epode, non, chegar & vislumbrado;
non ben sabe dicir do presentido;
mais inda os sons que as falas,
e, !canto que os ?rs enchen, cando. riman,
e levan, pr'o lontan, onde resoan,
de Salom?n, queixumes, ayst tresturas,
as ecos do cantar ! ...
MARQUES DE FIGUEROA.
Como ? sabido, ? regi?o, hoje conhecida por estas duas deno.
mina?Oes, chamaram as antigos primeiro Callaecia e depois Gallae
qual a raz?o da passagem do c inicial a g ? o quo n?o esta su
ficientemente
a Gallic?a, isto ?, o ditongo ae, que sem d?vida de h? muito soaria,
entre o povo, como simples e, fen?meno que atesta Varr?o a res,
peito de outros voc?bulos, no seu livro De lingua latina, cap. V, 97,
e VII, 96, por metafonia, ou seja influ?ncia da vogal imediata, re
duziuse a i, como em alguns que fazem parte da lingua comum (1) .
Os dicion?rios d?o a este i a quantidade de breve, mas, ,se assim
era realmente, o que talvez se possa explicar, por verse ali o
home Gallia mais o sufixo icia ou itia (melhor cia ou tia), essa
quantidade passou ou talvez antes continuou a, soar longa entre o
povo, como representante de um antigo ditongo; ? o que se de
(1) Est?o neste caso, entre outros, tainha, siba, vendima, etc., nos
verbos finha, v?nha, live, vim, etc., formas estas representantes das latinas
tagenia, sepia, vindemia, etc., tenia, yenta, (por tenebam, venibam), fermi,
veni, etc.