BOLETÍN DA REAL ACADEMIA GALEGA
Estudos e investigacións sobre Xaquín Lorenzo Fernández
ro 25, de 1969, pág. 105112, sob o título «O mar terra adentro». Estava mais uma vez entre conhecidos, já que o director e muitos dos restantes autores desta revista são presença certa nas reuniões científicas realizados no Norte, continuando a haver um considerável aporte de artigos vindos de além Minho. Algo diferente seria o ambiente do Congresso LusoEspanhol de Estudos Medievais, promovido pela Câmara Municipal do Porto em 1968 e presidido por Damião Peres. Se muitos dos mencionados investigadores acorreram, diluíamse num contexto mais favorável a medievalistas e historiadores da arte. Foi nesta última secção, arqueologia e arte, que se integrou, com a comunicação «A eirexa de Santa Maria de Mixós, encrucillada de tres estilos», cujo resumo se pode ler na página 298 do livro do Congresso. Estas jornadas científicas em terra portuguesa terminaram em 1972 com a presença no Colóquio LusoEspanhol de Cultura Castreja organizado por Santos Júnior, tendo por foco o Castro de Carvalhelhos. Aí apresentou a comunicação «Metamorfosis de unha casa castreja», publicada nos Trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, volume 22 (3) de 1973, a pág. 225229. Tão importante como a matéria discutida pelos congressistas, a maioria do Noroeste, com excepções de nível nacional como Maluquer de Motes, Fernando de Almeida e Octávio da Veiga Ferreira, parece ter sido o convívio, a que chama as fermosas xeiras en torno a Carvalhelhos, das quais fez fotografias que remeteu ao amigo. Mais uma recensão publicada nos Trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, volume 22 (2) de 1973, sobre o trabalho «Uma rueda fósil en Catoira (Galicia)», sempre pela pena de Santos Júnior, introduznos na seguinte etapa das relações com Portugal, que nos fornece apenas mais uma outra, ao «Cantigueiro popular», que irá para o tomo de 1975.
UMA FIEL AMIZADE: O PROFESSOR DOUTOR SANTOS JÚNIOR Por contraditório que pareça, a revolução Portuguesa de 74 e a mudança de regime no estado Espanhol parecem marcar como que uma ruptura na colaboração regular de Xaquín Lorenzo em publicações portuguesas e na sua participação em reuniões científicas. Motivos circunstanciais não faltam para podermos compreender este corte, que poderão ir desde uma muito maior e absorvente solicitação para participação em actividades culturais no seu país de origem, às modificações introduzidas nos ambientes científicos portugueses com os quais mantivera contactos ao longo de décadas. Particularmente no Porto, as instituições de referência com quem trabalhara estavam então em nítida perda de importância. No Museu de Etnografia e História desaparecera a ainda agregadora liderança de Fernando Castro Pires de Lima (19031973), na Sociedade Portuguesa de Antropologia o Professor Santos Júnior era cada vez mais um homem isolado e fora do tempo. Por outro lado em Guimarães o seu amigo Alberto VieiNº 365 228