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BOLET?N DE LA REAL ACADEMIA GALLEGA 381
Foi hoje ;salte?la. !A inocente,
Que t"ao segura estava, n?o fug?u.
Nem teus filhos, com quem se defendia,
Nem aquela inocencia e piedade
Com que ped?u perd?o, lan?ada :a?s p?s
D'E1Rei teu pai, que tanto se apiedou ?
Que lho deu j?, chorando. Os seus ministros
Arrancando as espadas ?dura afronta!?
Traspasaramlhe os peitos cruelmente,
? E abra?ada com os filhos a mataram,
Que inda ficar.am tintos do seu sangue.
INFANTE, (Correndo pela casa, como louco.)
Que direi? Que farei? Que clamarei?
6 fortuna! ? crueza! ? mal tamanho!
? Ininha, Dona In?s, ? alma minha,
Morta .me ?s tu? Morte houve, t?o ousada,
Que contra ti pudesse? Eu ou?oo; e vivo!
Eu vivo, minha In?s, e tu ?s morta!
, Cora??o, cora??o, porque n?o estalas?
Porque n"ao se abre a terra, e n?o me sorve
Num momento? P'ra qu??. P'ra qu? vivo eu?
(Cu?ndo a salou?ar sobre o banco.)
6 minha In?s! ? alma da minha alma!
Amor meu, meu desejo, ,meu cuidado,
Minha espran?a, minha ?nica alegria!
Mataramte! Mataramte! Tua alma
.? . Inocente, formosa, humilde, santa,
Deixou j? seu logar p'ra todo sempre!
Encheramse as espadas do teu sangue!
O le?es bravos, ? tigres, ? serpentes!
Porque n?o vos volvestes para mina
? Mil vidas que leo tivera, volas dava
Por un cabelo s? da minha In?s!
E o c?u n?o cai, e ul?o tremeu a terra!(Chora convulsivamente.) ?
MENSACEtxo. Senhor, para chorar ? sempre tempo.
As l?grimas que fazem contra. a morte?
Vai ver aquele corpo. Val prestarlhe
As honras que lhe deves.
INFANTE. Tristes honras!
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