BOLET?N DE LA REAL ACADEMIA GALLEGA 34,3
duma vida toda dedicada ? Ciencia e de um cora??o que, ,
amarfanhado. por d?res cruciantes, pairou sempre num pla '
no moral superior.
A Espanha, essa ? evangelizadora de la mitad del Orbe?, na
frase justa do vosso grande Men?ndez y Pelayo; a Espanha,
cujo s?culo de oiro fez desentranhar o seu genio nacional em
obras imortais, de ecum?nica resson?ncia, no dominio lite
r?rio e art?stico; a Espanha que deu ao patrim?nio espiri
tual do Universo Civilizado urna Santa Tereza de Avila e um
S. Jo?o da Cruz, um Cervantes e. um Lope de Vega, um Ve
l?zquez e um Alonso Cano; a Espanha, cuja Ciencia, desde os
prim?rdios da ?Hispanidad? at? aos nossos dias, veio des .
creyendo um arco luminoso, cujo z?nite parece pretender ,
ating?lo a gera??o actual..., bem merece a admira??o incon
dicional, a simpatia ilimitada, o fraterno ?bra?o do Portu
gal de hoje.
Dentro do espirito dos portugueses, amantes estrenuos da
sua P?tria, mas universalistas quanto ? absor??o de tudo o ?
que seja espiritualmente belo e grande, a Espanha n?o pode
deixar de constituir motivo de preferencia especial, tema d?g
no dos nossos estudos, do nosso exame refletido; quer atravez
dos tempos hist?ricos, quer no dia de hoje e ante as ansieda
des e inquieta??es que atormentam todos os que vivem para
al?m da materia bruta e dos instintos, atentos ? vibra??o mu
sical que s? desprende numa inflorescencia incessante e su
blime, eternamente primaveril, da infinitagra?a de Deus.
Vai na Espanha, ?m rumor estralejante de vitalidade, um ?
crepitar de flamas siderais, que assombra, em sua aspira
,
pairou no s?culo de oiro da sua hegemonia imperial e
espiritual.
Se outro ?ndice eu n?o tivera, bastaria, para o atestar, ,
essa refulgente iniciativa da cria??o do Consejo Superior de
Investigaciones Cientificas inaugurado solenemente em 1940,
robusto sucessor da Junta para Ampliaci?n de Estudios e
Investigaciones Cient?ficas de Espa?a.
' A amplitude ecl?tica do seu campo de ac?ao, incidindo so
bre todos os aspectos e problemas do labor humano, a impor `.
? t?neia que no seu conjunto florestal ? atribuida aos estudos
filos?ficos, como trama e enlace de todos os outros, o valor
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